Abaixo uma reportagem que mostra como o conhecimento pode conseguir, com uma tecnologia pré-histórica: o faro do cão, resultados melhores que os obtidos com uma tecnologia muito moderna: o tomógrafo.
capital humano
27/05/2008
Cães podem detectar câncer em humanos, indicam estudos
A relação milenar entre homem e cão pode trazer benefícios além do que os donos de animais de estimação imaginam. Segundo estudos recentes, os eternos amigos de quatro patas podem fazer muito mais do que dar conforto emocional: os cães podem "cheirar" o câncer, detectando a doença mesmo que ainda não haja sintomas visíveis.
Uma pesquisa, da Fundação Pine Street, na Califórnia (EUA) --que presta apoio a pacientes com câncer--, sugere que, com cerca de três semanas de treinamento, é possível tornar o cão um detector de tumores malignos.
De acordo com os estudos da entidade, o animal pode apontar, entre várias amostras de hálito humano (coletadas com um simples sopro em um tubo plástico), qual pertence a um portador de câncer de pulmão ou de mama. A detecção pode ocorrer inclusive de forma precoce, quando ainda não há vestígios da doença.
A fundação realizou um teste com supervisão científica que envolveu 55 pessoas com câncer de pulmão e 31 com câncer de mama (para um grupo de controle de 83 pessoas saudáveis). Os cinco cães utilizados na prova conseguiram uma margem de acerto entre 88% e 97% na detecção da doença.
Na Escola Veterinária da Universidade de Cambridge (Reino Unido), outra pesquisa, conduzida por Donald Broom e Barbara Somerville, ainda tem caráter preliminar. Utilizando amostras de urina de pacientes com e sem câncer, eles mostraram que os animais podem ser treinados para apontar a presença de células cancerígenas mesmo que elas ainda não sejam visíveis em exames como a tomografia. No teste foram utilizadas amostras de homens com câncer de próstata.
Mesmo com a resistência dos médicos, em 2004 uma pesquisa levou o assunto de forma oficial ao meio científico, com sua publicação no conceituado"British Medical Journal". Liderado por Carolyn Willis, o estudo revelou um acerto de 41% em apontar portadores de câncer de bexiga.
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