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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Máquina de venda de CDs com baixo custo (R$5,00)

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claudioprospero
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Máquina do sonho 


Ao acordar, suspeitou que a idéia de vender CDs numa máquina talvez não fosse uma maluquice onírica 

Lançada neste mês, uma máquina de venda de CDs com baixo custo para dar mais dinheiro ao músico e combater a pirataria nasceu de um sonho -literalmente. 

Autor de composições cantadas por Ivete Sangalo, Lenine e Daniela Mercury, o violonista e percussionista Fefê Gurman finalizava, no ano passado, gravações de suas próprias músicas, mas o meio de distribuir o CD o angustiava. "Sonhei que meus CDs estavam dentro de uma dessas máquinas automáticas de vender salgadinhos e refrigerantes." 

Ao acordar, suspeitou que talvez a idéia não fosse uma maluquice onírica e contou o sonho a alguns de seus colegas da Eletrocooperativa, uma entidade que dá cursos gratuitos de produção musical para jovens -o programa nasceu em Salvador, mas agora tem um núcleo em São Paulo. "Ninguém achou que a máquina fosse inviável." 
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O CD sai por R$ 5, devidamente explicados na fachada da máquina: custo de fabricação (R$ 1,50), valor do imposto (R$ 0,50) e pagamento do artista (R$ 1,50) são alguns dos itens. "O artista ganha 30% mais do que ganharia numa gravadora", afirma Turcheto, inspirado na filosofia do comércio justo. 

A máquina atraiu músicos como Arnaldo Antunes e teve seu primeiro teste há duas semanas num show ao ar livre. Foram vendidos 200 CDs em dois dias. O trabalho agora é, de um lado, arregimentar mais grupos dispostos a vender suas músicas pelo sistema criado pela Eletrocooperativa e, de outro, espalhar as máquinas pelas cidades. Para facilitar essa disseminação, não patentearam a invenção. 

"Em cinco minutos de conversa, desistimos de patentear. Queremos que as pessoas possam nos copiar", orgulha-se Fefê. Essa é a única "pirataria" da qual se sentem beneficiados. 

O sonho agora (desta vez acordado) é que eles consigam fechar um acordo com o Metrô e colocar uma máquina em cada estação. 

Coluna originalmente publicada na Folha de S.Paulo, editoria Cotidiano. 

2/5/2008 1:22 PM

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